Foi aquela choradeira de sempre. Tudo igual aos anos anteriores. Fulminada no chamado paredão, a participante se retira do “BBB21” e leva sua amargura numa bolsa de angústias e raiva também. Afinal, essa é a fórmula do programa que faz
sucesso há muitos anos, e há muitos anos significa uma aula diária de mau-caratismo. São todos inimigos cordiais. Aquela babação toda trocada entre os participantes é apenas uma farsa de verniz. Nunca assisti a um “BBB” inteiro. Por dever de ofício, cheguei a acompanhar alguns deles por uma semana para escrever aqui mesmo na Jovem Pan. E só nesta semana deu bem para compreender qual é a proposta desse programa da Rede Globo, sobre o qual sempre repito: a proposta é escândalo, sexo, bebida, mau-caratismo e coisas afins. Não se aproveita nada, a exemplo do que se vê em “A Fazenda”, da Record, que segue à risca o roteiro da Globo. Só muda o lugar. Mas me lembro que, em anos anteriores, quando era obrigado a assistir, incomodava-me ver aquelas moças descaradamente disponíveis para qualquer negócio, mesmo com câmeras de televisão registrando tudo. Isso marcou muito. As mulheres disponíveis, tipo aquela Emilly, que venceu o “Big Brother” e engatou um namoro com um sujeito desprezível, que chegou a ser expulso sob a acusação de agredi-la ao vivo. Ela saiu gritando da casa, dizendo-se milionária, uma figura intragável e ambiciosa. Fazia qualquer coisa em busca do prêmio. Onde está Emilly? Claro, não vamos exigir que todo “BBB” revele uma atriz